Na fórmula de sucesso de Gil Vicente, nos lances de bola parada, Nandinho é um ingrediente fundamental. Se estiver em campo, é o marcador oficial de cantos e faltas. Iniciou quatro dos cinco lances que redundaram em golo, em jogadas estudadas, e só não participou no primeiro tento dos gilistas frente ao Sporting¿porque estava no banco.
O seu pé direito agrada a Gregory, Marcos António e Carlos Carneiro, que souberam interpretar os sinais do extremo português para violar as redes contrárias. Nandinho joga à defesa, em conversa com o Maisfutebol, lembrando que «os sinais, o posicionamento dos jogadores e o sítio para onde a bola vai varia de lance para lance, de semana em semana». «No futebol actual, diria que sessenta ou setenta por cento dos golos surgem de lances de bola parada e, felizmente, temos conseguido aproveitar isso», começa por referir o jogador.
«Quando estou em campo, estou encarregue, com mais um ou dois companheiros, de cobrar as faltas, lances que trabalhámos sempre, durante um ou dois dias por semana. Já na época passada, marcámos vários golos dessa forma», lembra o extremo do Gil Vicente, explicando: «Temos várias jogadas estudadas, mas variam. Quem estiver de fora nunca vai saber se, quando eu faço um sinal com a mão fechada, a bola para o primeiro poste ou o segundo. Agora, os meus companheiros já sabem onde a bola vai parar, e é normal que eu procure assistir os centrais, que têm mais impulsão e são mais eficazes nessas situações».
O empate (2-2) contra o Sporting contina a ser lembrado. «Foi ingrato e frustrante, mas cometemos erros que se pagam caro a este nível. Quando estamos em vantagem até aos últimos minutos, temos de fechar a loja, e isso não aconteceu», concluiu Nandinho.