Factos desta jornada.

A aproximação pontual nos três da frente.

A sensação Gil Vicente.

Equilíbrio nos lugares europeus.

Saídas de Abel Xavier e Costinha e entradas de Paulo Alves e Calisto

A luta na zona de descida.

O FC Porto empatou em Belém. Apesar de liderar manteve o registo da irregularidade exibicional. Desperdiçou a moral e a confiança da vitória contra o Sporting e o jogo do Zenit assume maior importância. O Nacional vem a seguir, na Liga. O Belenenses revelou-se organizado e Fredy foi um elemento importante na estratégia. Atenção a Tiago Silva e Sturgeon.

Benfica vence em Coimbra. Sem convencer, resolveu ainda na primeira parte. Hoje na Grécia vai ser preciso ter mais qualidade se quer alimentar a esperança da passagem. Pelo discurso de Jesus, Ivan Cavaleiro não deve continuar a ser aposta. A concorrência é forte, diz Jesus, mas o miúdo tem valor e quer singrar.

O Sporting esteve em dificuldades, mas deu a volta ao resultado. Jardim mexeu na equipa e o público em Alvalade fez-se sentir. O Sporting segue o seu caminho e continua a ter o melhor ataque com 23 golos. O Marítimo apareceu mais frágil do que no ano passado. Tem vindo em queda e já está em posição de descida e tem o registo da pior defesa com 19 golos sofridos.

O Braga não acerta e vai na quarta derrota consecutiva. Apesar de ser uma nova etapa, tem qualidade para mais. Tempos difíceis para Jesualdo e Salvador.

O Gil Vicente continua a surpreender e já moram 17 pontos em Barcelos. O que revela esta equipa?
Organização, espírito de entreajuda e vontade de ganhar. É a experiència misturada com a juventude que está a dar este resultado. 

João Vilela, César Peixoto e Danielson dão a liberdade e a segurança para jovens como Avto, Vitor, Paulinho e Diogo Viana poderem crescer. A ideia de recrutamento parece certa. Jogadores experientes com conhecimento do futebol português e os jovens vindos dos escalões secundários. Foi isso que vimos no passado domingo. 

A liderar este grupo mais um jovem treinador. João de Deus. São apenas 36 anos, mas já com algumas épocas de banco. Só agora tem a sua estreia no escalão principal mas, como referiu, está a fazê-lo «num clube com estabilidade e condições» e isso é «tanto melhor». 

A comunhão de ideias parece existir e os resultados estão a ser conseguidos. O treinador referiu que «queria fazer uma época tranquila e garantir a permanência». Está a fazer por isso, mas diz que vai ser ultrapassado. Até lá quer ter uma equipa a jogar e a divertir-se.  A quarta posição na Liga não está a acontecer por acaso. A par dos onze golos marcados têm apenas oito sofridos que garantem a quarta melhor defesa. A tranquilidade está mais perto, mas até quando teremos Gil?

No Estoril, o Vitória de Setúbal agora com Couceiro venceu e retirou a equipa da zona de descida. Ainda não perdeu nos cinco jogos realizados. Dois deles na Liga, conquistou 4 pontos. O que se pretende quando se troca de treinador? Devolver a esperança, voltar às vitórias e colocar a equipa em terrenos mais calmos.

Olhão e Paços de Ferreira passam pelo mesmo. Saíram Abel Xavier e Costinha e já se estrearam Paulo Alves e Henrique Calisto. Situações e problemas diferentes. Em Paços de Ferreira, viveu-se um ambiente tenso desde o início da chegada de Costinha e acentuou-se com o passar do tempo. Questionaram a sua capacidade e os resultados não ajudaram. Os quatro pontos conquistados foram pouco para um clube que ouviu o hino da Champions e que luta agora na Europa. Ninguém olhou para o calendário e para as dificuldades existentes. O lugar do Paços não é o que acabou por conquistar, com mérito, o ano passado, mas sim a lutar por se manter na primeira Liga. Não perceberam isso.

O clube não geriu da melhor forma as expectativas (as suas e dos adeptos) e a exigência foi demasiada e sobrou para Costinha e pelo que parece também para o presidente. E o que leva Henrique Calisto a voltar? A missão não está fácil mas acredito que nada tem a perder. O seu conhecimento e experiência, a juntar à qualidade existente, podem ser suficientes para ultrapassar as dificuldades. Uma nova liderança e o renovar da confiança pode ter o efeito desejado. Para já um ponto foi conquistado. Na época 2011/12 Calisto salvou a equipa e foi-se embora. A acontecer uma situação idêntica, teremos a mesma posição?

Em Olhão saiu Abel Xavier. Mas tudo começou no complicado final da época passada. O clube constituiu a SAD e ela foi adquirida em 80 por cento por investidores italianos, que ficaram com o controlo e destino da equipa de futebol. A escolha técnica recaiu em Abel Xavier, a fazer a sua estreia como treinador e logo no escalão principal. 

As dificuldades estiveram presentes desde o inicio. Condições de treino insuficientes, dificuldades financeiras e uma pré-época com inúmeros jogadores à experiência na procura de construir uma equipa! E pelo que se percebeu das declarações, os problemas de organização, de pensamento e de relacionamento foram determinantes. Saiu de cabeça levantada, como disse, e não foi pelos resultados, apesar de o presidente do clube ter dito que a substituição já estava pensada há algum tempo. Não se entende. Como registo, deixou a equipa em 11º lugar com oito pontos.

E agora Paulo Alves. O que o levou a aceitar? Em princípio nada se alterou e as dificuldades mantêm-se. O desafio é difícil e segundo ele vai torná-lo mais forte e capaz. Tem ambição e espera atingir os objectivos.