Fiúza: «Mota é careca, mas é um treinador da nova vaga»

António Fiúza, presidente do Gil Vicente, apadrinhou a apresentação de José Mota no comando técnico do conjunto de Barcelos. O líder máximo dos barcelenses diz que José Mota encaixa bem no projeto de crescimento e sustentação do Gil. Fiúza diz que há «homem para abraçar o projeto que tem para o clube».

«Todos os conhecem, um homem com provas dadas no futebol português que está há mais de 12 anos na Liga com mais de 300 jogos. É careca, mas é um treinador da nova geração, ainda só tem 50 anos e não 65. Não é pelas aparências que vamos avaliar as suas qualidades. É um homem experiente, temos melhor equipa do que no ano passado e temos homem para abraçar o projeto que tenho para o clube» referiu António Fiúza.

Questionado sobre as motivações que levaram à contratação, Fiúza diz que foi um processo fácil: «Foi simples: pelo currículo, a experiência e por ser um homem que tem trabalho feito e não fala só aos berros como muita gente pensa. Trabalhou em clubes com muitas dificuldades e este homem soube sempre dar a volta com um caráter exemplar, isto também conta. Em Setúbal lançou jovens e também é isso que lhe peço».

«João de Deus percebe muito de futebol»

Sobre a saída de João de Deus do comando técnico, depois da derrota caseira diante do Marítimo, António Fiúza teceu elogios ao técnico, mas assegura que as exibições não agradaram e os resultados ditaram este desfecho.

«O treinador de João de Deus foi um profissional a 100% enquanto esteve no clube, percebe muito de futebol e tem métodos avançados, mas o que conta são os resultados. Contra muita gente, segurei-o porque sou um homem de convicções e dei-lhe o benefício da dúvida. Os jogos em si foram degradantes e péssimos, envergonharam-nos a todos», referiu António Fiúza.

Em jeito de desabafo, o presidente do Gil relembrou que pretende ver o clube a crescer, o que não acontece com os resultados verificados: «Quero este clube a crescer e não é com derrotas. Não sou pessoa de chicotadas psicológicas, há três ou quatro meses ganhamos um jogo, algo que não fazíamos há cinco meses: este estádio custou 20 milhões de euros e não é para estarmos a lutar pelos últimos lugares, é para paulatinamente lutar para outros objetivos».