Maxime Dominguez marcou o golo que valeu ao Gil Vicente o triunfo no dérbi do Minho e a conquista de três preciosos pontos! Num jogo vivo e abrilhantado pelos quase oito mil adeptos nas bancadas, o médio suíço teve cabeça marcar ao Vitória de Guimarães, que já não conhecia o sabor da derrota há nove jogos. É a melhor série de jogos dos galos: um empate e duas vitórias tiram-nos do sufoco da cauda de tabela.

Os vitorianos perderam, assim, uma excelente oportunidade para passar à frente do eterno rival, o Sp. Braga, mesmo que à condição. A equipa de Álvaro Pacheco até entrou melhor, mas falhou na concretização. A formação vimaranense já não perdida desde novembro do ano passado. Já os gilistas apanham o Famalicão no 8.º lugar.

Mexidas previsíveis

Vítor Campelos fez as já esperadas três alterações no onze, depois do primeiro triunfo fora de portas – 0-2 diante do Portimonense. Saiu o lesionado Kiko Vilas Boas, o castigado Mory Gbane e, por opção, Felipe Silva, entrando Gabriel Pereira, Leonardo Buta e Jesus Castillo, titular pela primeira vez na temporada. Também Álvaro Pacheco mudou apenas um homem em relação ao onze que bateu em casa o Estrela da Amadora por 3-0. Saiu do onze o castigado André Silva e entrou Zé Carlos.

Depois da fase de estudo entre os dois emblemas, os vitorianos chegaram pela primeira vez à baliza gilista e não marcara, por milagre de São Andrew. Jota entrou na área pela direta e cruzou para a entrada de Nuno Santos que rematou para espantosa defesa do guardião gilista. Os conquistadores aproveitaram a confiança dada por essa jogada para ter mais posse de bola, contudo quase sempre longe da baliza barcelense.

Os galos só responderam à passagem da meia hora. Com um ‘tiki taka’ à moda de Barcelos, Dominguez assistiu Fujimoto que, de ângulo apertado, viu Bruno Varela fazer bem a mancha. Os gilistas ganharam novo ânimo e equilibraram a contenda. Até ao descanso, apesar do jogo estar vivo, o perigo andou longe das balizas. Nas bancadas, os adeptos das duas equipas também davam espetáculo, com cânticos, de um e do outro lado, sincronizados e ao desafio. Os milhares de adeptos que viajaram de Guimarães (quase quatro mil) deram ainda mais cor às já coloridas bancadas do Estádio Cidade de Barcelos.

Galo teve cabeça para a vitória

Os técnicos mantiveram os onzes na segunda metade, mas, como a toada de jogo se manteve, Álvaro Pacheco nem um quarto de hora esperou para mexer, refrescando o miolo de terreno com a entrada de João Mendes. Aos poucos o jogo foi aquecendo e o perigo começou a rondar as duas balizas. Os barcelenses foram os primeiros: Martim Neto entrou na área e rematou com estrondo contra Varela; na recarga, Murilo acertou em cheio no poste.

Ato contínuo, os vimaranenses foram ao ataque e João Mendes apareceu completamente solto na zona do penálti a rematar por cima. Em nova resposta, Murilo apareceu na cara de Bruno Varela, picou o esférico por cima do guardião, mas não levou a direção certa e saiu pela linha do fundo.

Os treinadores foram refrescando as equipas e a divisão de pontos parecia uma realidade. Contudo, os galos tiveram arte e engenho para ir buscar o triunfo. Jogada de entendimento na direita, com Murilo a assistir Maxime Dominguez na área, que cabeceou para golo. Delírio dos adeptos gilistas e desanimo dos cerca de quatro mil que viajaram de Guimarães. Até ao final, o Vitória tentou chegar ao empate, mas o Gil Vicente trancou a baliza a sete chaves e ficou com os três pontos em casa.