O Gil Vicente está a realizar um campeonato tranquilo e está perto de assegurar os pontos necessários para continuar no primeiro escalão mas, na antevisão da receção ao Santa Clara, o treinador Vítor Oliveira recusou fazer contas aos pontos que faltam para garantir o principal objetivo da temporada. A assinalar o Dia Internacional da Mulher, mulheres e menores têm entrada gratuita.

«Não sou especialista, nem nunca fiz essas contas. Acho que 32 pontos não chegam, mas 35 ou 36 darão alguma tranquilidade. Com os jogos que ainda estão pela frente, três pontos nesta fase eram um conforto muito bom. Não era um conforto definitivo, mas era um conforto que conforta», explicou o técnico, em conferência de imprensa.

Os minhotos triunfaram na deslocação ao Boavista na última ronda (1-0), mas não vencem em Barcelos desde 12 de janeiro, quando se impuseram ao Belenenses (2-0), antes de somarem desaires com Moreirense (5-1) e Benfica (1-0).

«Apesar das dificuldades, temos dado uma resposta muito boa. Claramente não contava ter 29 pontos nesta altura e temos muito mérito nisso, mas não estamos surpreendidos porque a equipa vem dando indicadores de que é capaz. É um pecúlio muito favorável e faz-nos olhar para o futuro com otimismo», analisou.

Puxando pela larga experiência no futebol português, Vítor Oliveira recordou a recente inversão de papéis na liderança do campeonato para sinalizar que o Gil Vicente não pode facilitar nas onze partidas finais, sob pena de lidar com imprevistos na classificação.

«Há algumas semanas o Benfica estava com sete pontos de avanço e tinha possibilidade de chegar a dez, mas neste momento já foi ultrapassado pelo FC Porto. Por conseguinte, temos de estar atentos. Estamos a falar do campeão nacional, sobre uma situação que não poderá acontecer a estas equipas do meio da tabela para baixo», comparou.

O Santa Clara interrompeu o melhor momento da época com duas derrotas recentes frente a Moreirense (2-1) e FC Porto (2-0), mas Vítor Oliveira alertou para a «excelente» campanha dos insulares, que conquistaram mais pontos longe dos Açores. «É uma equipa complicada, bem organizada bem trabalhada, que se sente cómoda a jogar fora de casa. Sabemos das dificuldades, mas estamos confiantes e motivados, porque podemos dar um passo gigante para conseguirmos rapidamente o objetivo», admitiu.

Procurando contrariar o histórico desfavorável de um triunfo em sete confrontos com o Santa Clara, os barcelenses vão assinalar o Dia Internacional da Mulher com a oferta de entradas gratuitas às mulheres e aos menores. «Cada vez se vê menos mulheres num campo de futebol e é um contributo muito bom. Trazem beleza ao jogo e são muito importantes na vida de todos, já que compõem um fator de equilíbrio dos homens e aguentam as agruras desta profissão. Quantas mais vierem melhor, pois um mundo sem mulheres seria muito difícil», comentou ainda.