O Maisfutebol desafiou os jogadores portugueses que atuam no estrangeiro, em vários cantos do mundo, a relatar as suas experiências para os nossos leitores. É isso que farão daqui para a frente:
Conheça melhor o projeto
«Olá,
Chamo-me Paulo Malheiro mas toda a gente me conhece por Ginho. Atualmente jogo no Ayia Napa, da primeira Liga do Chipre, com vários outros portugueses.
Tenho 27 anos e nasci em Paredes, no distrito do Porto. Comecei a formação aos 8 anos no clube da minha terra, o U.S.C. Paredes. Passados quatro anos ingressei no F.C. Porto onde completei o meu percurso as camadas jovens.
Nesta fase da formação tive o privilégio de ter representado a seleção nacional nos escalões de sub-16 até aos sub-19.
O meu primeiro ano de sénio foi atribulado, uma vez que tinha um pré-acordo com o S.C. Salgueiros mas a equipa acabou por desistir dos campeonatos nacionais. Isso levou-me a regressar ao clube da minha terra, o U.S.C. Paredes, onde permaneci por quatro temporadas.
Depois tive passagens pelo Penafiel (na II Divisão), Trofense (Liga de Honra) e novamente Penafiel, que entretanto tinha subido à Liga de Honra.
No ano passado, decidi emigrar para o Chipre à procura de melhores condições financeiras e também para ter a oportunidade de disputar uma primeira Liga. Comecei por representar o APOP Kenyras do segundo escalão e neste momento estou ao serviço do Ayia Napa na primeira, com oito portugueses e três brasileiros no plantel.
O Chipre é um bom país para se viver, com uma temperatura muito boa, tranquilo mas com a qualidade de vida mais cara do que em Portugal. Regressar a Portugal? Claro que gostaria, mas infelizmente, nesta altura, oferecem melhores condições no estrangeiro para continuar a minha carreira do que em Portugal.
Quero agradecer também ao Maisfutebol pelo convite para participar neste projecto e de certo modo não deixar cair no esquecimento os jogadores portugueses a actuar no estrangeiro.
Obrigado e até breve,
Ginho»