Godinho Lopes defendeu a irradiação de Bruno Paixão, árbitro do Gil Vicente-Sporting. O presidente do clube de Alvalade falava depois da partida, dizendo que os «leões» se sentem «altamente prejudicados», e reforçando uma ideia que já tinha sido expressa por Carlos Freitas.

«É muito triste preparar um jogo durante a semana e chegar ao final de semana e sermos arbitrados por um árbitro incompetente, que não devia estar no futebol nacional e não devia arbitrar seja um jogo do Sporting ou outro qualquer. É um individuo que devia ser irradiado do futebol português», afirmou o dirigente à Lusa.

«O mais grave é sentirmos que estamos num desporto em que devemos pugnar pela verdade desportiva e aquilo que verificamos é que não há uma atitude isenta e de qualidade. Não estou a falar em dolo, em roubo, em corrupção, estou a falar de qualidade, que não existe neste interveniente para arbitrar seja qual jogo for deste campeonato», insistiu.

«É grave o que se passou, sentimo-nos altamente prejudicados», prosseguiu, sem referir os lances concretos que questiona.

O Gil Vicente venceu por 2-0, o primeiro golo marcado por Rodrigo Galo na primeira parte e o segundo por Cláudio de grande penalidade, a segunda assinalada no mesmo minuto a favor do Gil. O Sporting teve ainda Schaars expulso por duplo amarelo.

Godinho Lopes diz ainda que o Sporting «tem sido prejudicado jogo após jogo» e, questionado sobre o que pretende o clube fazer, lembra o caso que envolveu os leões e os árbitros no início da época, quando João Ferreira recusou apitar o jogo com o Beira Mar.

«Eu interrogo-me, porque afinal de contas, desde o primeiro dia o Sporting procurou uma atitude construtiva e positiva, procurou apresentar um trabalho para que houvesse arbitragem profissional em Portugal, porque temos perfeita noção de que o espetáculo só é válido quando as três partes intervenientes têm qualidade. Fomos mal interpretados. Foi dito na altura que a nossa atitude era contra o árbitro João Ferreira, coisa que não faz sentido nenhum, nunca lhe apontámos o dedo», diz.

«Houve uma atitude de mãos dadas contra o Sporting. Nós, a seguir, entendemos que não devíamos continuar a protestar, no sentido de não entenderem que não estávamos a tentar ser beneficiados, não é nada disso, estávamos preocupados com a qualidade final do espetáculo», argumenta.