Angelina Jolie deslocou-se, esta terça-feira, ao Tribunal Penal Internacional para assistir a uma audiência do julgamento de Thomas Lubanga, ex-líder militar do grupo rebelde União de Patriotas Congoleses (UPC).

Lubanga é acusado de recrutar crianças para o conflito na República Democrática do Congo, durante a guerra civil em Ituri entre 2002 e 2003. Os rapazes eram forçados a violar e a matar e as raparigas eram utilizadas como escravas sexuais.

É a segunda vez que a actriz se desloca ao tribunal, com sede em Haia, para perceber melhor o processo e a utilização das crianças-soldado. A actriz é embaixadora do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (HCR).

Segundo declarações divulgadas pelo TPI a companheira de Brad Pitt disse que «as crianças merecem protecção. Usá-las em conflitos bélicos é um crime atroz, destruidor da estrutura mais profunda de uma sociedade».

No final da sessão Angelina Jolie chegou a trocar olhares com Lubanga e confessou que chegou a sentir aquilo que os meninos sentem no momento em que têm que testemunhar contra o líder rebelde.

O julgamento de Lubanga, o primeiro na história do TPI, organismo da ONU criado para julgar crimes de guerra e contra a humanidade, começou a 26 de Janeiro. O objectivo é colocar várias crianças-soldado que já largaram as armas a participar no julgamento como testemunhas.