«Os sucessivos aumentos estavam a criar grande inquietação por parte dos consumidores. E o Governo tem a obrigação de fazer o possível por tranquilizá-los», disse aos jornalistas, quando questionado sobre as razões do timing.
O Ministério da Economia e da Inovação (MEI) solicitou a intervenção, esta quarta-feira, da Autoridade da Concorrência (AdC) para que, no âmbito das suas competências, proceda urgentemente à análise da formação do preço dos combustíveis.
«Este procedimento visa garantir que esse preço traduza adequadamente os custos da produção», adianta o comunicado enviado pelo ministério que tutela o sector.
Numa carta dirigida à AdC, o ministro Manuel Pinho manifesta a sua preocupação relativamente a notícias, surgidas entretanto na comunicação social, denunciando um novo aumento no preço do combustível no mercado a retalho.
Tendo em conta que em 2008, e em apenas quatro meses, ocorreram já catorze subidas no preço dos combustíveis, o «MEI não pode deixar de estar alerta para as consequências destes aumentos na esfera dos consumidores portugueses», terminam.
Conclusão esperada o mais rapidamente possível
Sem precisar para quando conta com uma resposta da AdC, Manuel Pinho limitou-se a dizer que pediu «pessoalmente» ao presidente da AdC que investigasse «o mais rapidamente possível».
A notícia partiu da Associação Nacional dos Revendedores de Combustíveis (Anarec), que disse na terça-feira à noite esperar subidas de 3 cêntimos no gasóleo e 2,1 cêntimos na gasolina sem chumbo 95, a partir da madrugada desta quarta-feira. Entretanto, Galp e BP subiram já os preços.
RELACIONADOS
Combustíveis: Governo esperava sinais concretos para pedir investigação
Gasóleo aumentou 23,5% em Espanha no último ano
Pinho pede intervenção da AdC no aumento dos combustíveis
Preços dos combustíveis à beira de «subida escandalosa»
Automóvel: ACAP apresenta projecto que reduz consumo 25%