Taborda, guarda-redes da Naval 1º de Maio, terá nas mãos o desfecho de dez meses de trabalho, em jogo durante noventa e poucos minutos de futebol, no Estádio 25 de Abril, reduto do «lanterna vermelha» Penafiel. Nem o estatuto de condenado da formação penafidelense permite a Taborda encarar a derradeira jornada da Liga 2005/06 com maior tranquilidade. A equipa da Figueira da Foz precisa de uma vitória para se manter no escalão principal, sabendo que todos os outros adversários torcem pela perda de pontos da formação orientada por Rogério Gonçalves.
Sente que tem nas suas mãos a pressão de toda uma época?
«Sim, de facto, não é fácil pensar neste jogo, mas é daqueles que todos os profissionais gostam de disputar, porque todos os olhos vão estar sobre nós e temos de mostrar o nosso valor. Este jogo pode ser a salvação de dez meses de trabalho. É pena termos deixado tudo para a última jornada, que acaba por valer mais do que tudo que fizemos antes. A Naval tem de ganhar e os jogadores têm de aguentar a pressão inerente ao encontro.»
Alguma vez passou por uma situação em que um jogo pudesse decidir uma temporada?
«Sim, num jogo frente ao Varzim, na Póvoa, na época passada. Se não perdêssemos, garantíamos a subida de divisão. Não foi tão dramática, porque faltavam quatro jogos para perseguirmos esse objectivo, mas felizmente conseguimos empatar e resolver logo a questão. Foi um jogo que me correu bem, em que fui considerado o melhor em campo, pois fiz duas defesas muito boas e importantes, que impediram o golo do Varzim.»
O «totobola» de Taborda:
Penafiel-Naval, 2
V. Guimarães-Estrela, X
U. Leiria-Rio Ave, X
Gil Vicente-Belenenses, X
Académica-Marítimo, X
P. Ferreira-Benfica, X