Josep Guardiola, treinador do Barcelona, foi conciliador ao fintar nova polémica com José Mourinho, a propósito das declarações do treinador português sobre a vitória do Barca no Mundial de Clubes. Ao contrário dos seus jogadores, Guardiola reconheceu razão às palavras do treinador do Real Madrid, que referiu a conquista catalã como uma vitória em «dois joguitos», sem comparação com a Liga dos Campeões: «As pessoas têm liberdade para comentar o que quiserem. Ele não disse nada que mereça a transcendência que foi dada. Comentou que a Champions é mais importante do que o Mundial de clubes e isso é verdade. Cada um interpreta isso como quiser», afirmou.

Mourinho felicita rival: «O Barcelona é muito bom»

«Dois joguitos? A inveja é uma coisa feia»

Guardiola também não quis confirmar o eventual pedido de Neymar, após o jogo com o Santos, para o levar para o Barça. A notícia surgiu de acordo com uma estação televisiva, que teria feito leitura dos lábios do craque brasileiro: «Eu não falo português, mas ouço bem. Sei o que li, mas só trocámos sons guturais», frisou.

O técnico do Barça também não quis criticar Daniel Alves, que considerou as palavras de Mourinho como fruto da inveja: «Quando alguém fala perante os microfones assume opinião própria. Não podemos dizer a um jogador que seja atrevido no campo e depois não o deixarmos exprimir o que quer dizer na sala de imprensa», lembrou.

Quanto ao jogos desta quinta-feira, em casa frente ao Hospitalet, a contar para a segunda mão da Taça do Rei, Pep Guardiola mostrou a sua habitual prudência, apesar da vantagem de 1-0 trazida do primeiro jogo: «nunca é fácil, viajámos de um continente distante, mudámos o horário, e precisamos de tempo para adaptar-nos. Temos em causa a eventual perda de um título por um só jogo, tal como quando jogámos com o Santos e por isso temos de estar muito atentos para acabar bem o ano», concluiu.