É um resultado ingrato. Um resultado que tira algum espaço de manobra para o Sp. Braga chegar à segunda eliminatória da Taça UEFA e poder disputar a tão desejada fase de grupos. A equipa minhota perdeu em Edimburgo, por 3-1, frente ao Hearts e terá um duelo de coeficiente elevado na segunda mão. Em casa, terá de marcar dois golos e não poderá sofrer nenhum, uma tarefa muito complicada, para poder seguir em frente.
O conjunto orientado por Jesualdo Ferreira também se pode queixar de alguma falta de sorte. O terceiro golo do Hearts aconteceu já no período de descontos, quando Kisnorbo fuzilou as redes à guarda de Paulo Santos, na sequência de uma má política do conjunto português. Nos últimos instantes, o Sp. Braga recuou em demasia, deu a posse de bola ao adversário, em vez de tentar controlar as operações e até, quem sabe, chegar ao segundo golo.
Em abono da verdade, o 2-1 seria um resultado mais interessante e possibilitaria o milagre da recuperação para o jogo da segunda mão. Não foi o caso. Mas o Sp. Braga também esteve um pouco desconcentrado, acusou o peso da responsabilidade e nunca soube sacudir a pressão inerente a um jogo de rótulo europeu. Nem sempre a equipa de Jesualdo Ferreira soube utilizar os flancos e a aposta em Baha, que jogou de início para grande surpresa, revelou-se má.
Ainda na primeira parte, o franco-marroquino teve de ser substituído por Jaime, fruto de uma exibição pouco conseguida, o que levaria os minhotos a perder uma referência ofensiva na grande-área contrária. Ao intervalo, registava-se um nulo, até que o Hearts fez jus às suas qualidades físicas e empurrou o Sp. Braga para a sua defensiva, o que nem sempre aconteceu durante o primeiro tempo.
Golos só na segunda parte
O golo aconteceria por Webster (51m), um duro soco no estômago, reforçado pouco tempo depois quando Hartley ampliou a vantagem (62m). A perder por 2-0, os minhotos reagiram e reduziram a diferença no marcador graças a um golo de Paulo Sérgio (64m), que deu ânimo e conferia alguma esperança para o desafio da segunda mão.
Mas o conjunto orientado por Jesualdo Ferreira não soube aproveitar a benesse a aplicar uma postura capaz de adormecer o jogo e chegar ao fim com o apetecível 2-1. Recuou, deu a iniciativa ao adversário e sofreu o terceiro golo em período de descontos. Um duro golpe.