Hélder vive aos 34 anos uma fase de indefinição. O defesa-central está no desemprego, mas sente ainda ter capacidades para jogar durante mais uma época. Ao Maisfutebol garante ter recusado os vários convites que recebeu do estrangeiro durante o defeso. Tudo porque não se revia nos projectos apresentados.
«Recusei tanta coisa», afiança. «Foram propostas do estrangeiro. Umas recusei porque os projectos não me interessavam e outras porque não me sentia motivado para continuar jogar nos clubes que me abordaram», enumera.
Enquanto espera por uma definição, Hélder treina com o plantel do Estoril. «Estou a treinar porque preciso de trabalho de campo. Decidi fazê-lo no Estoril pois é como se estivesse em casa. Tenho um passado no clube e sinto-me muito bem lá. Só fui agora treinar para lá pois sempre estive na iminência de ir para fora e para que não existissem especulações não quis começar a treinar na Amoreira antes do fecho das inscrições.»
Pelo caminho o defesa-central lança duras críticas à posição assumida pela Liga de Clubes que não acata o regulamento de transferências da FIFA no que respeita aos jogadores no desemprego. «Continuo no mercado e neste momento só poderei pensar em ir para o estrangeiro, visto que as leis em Portugal são diferentes dos outros países. Nem parece que pertencemos à Europa. Parece sim que somos um país da América Central ou da América do Sul. Não consigo entender a posição da Liga. Se pusessem uma restrição para os jogadores estrangeiros no desemprego, a fim de proteger os comunitários, ainda entendia, mas nem isso», acusa.
Hélder cumpre diariamente o plano de treinos da equipa do Estoril e garante estar em perfeitas condições para continuar a jogar futebol: «Da minha parte sinto-me em perfeitamente bem e decidi que não me ia arrastar. O futebol é imprevisível mas vou continuar à espera até Janeiro. Depois se verá.»