Hélio é agora um treinador maduro. Deixa por momentos a posição humilde que sempre teve dentro dos relvados para adoptar por uma postura confiante e optimista. O enquadramento é o possível regresso ao Jamor, um ano depois de lá ter estado e lá ter levantado a Taça de Portugal.
«Podemos conseguir o que até os clubes grandes têm dificuldade em conseguir que é vencer a taça num ano e estar no Jamor no ano seguinte», afirmou Hélio ao final da manhã desta terça-feira, no Estádio do Bonfim. «Se conseguirmos será espectacular. Queremos vencer o Vitória de Guimarães e vamos fazer tudo o que sabemos campo para o conseguir. É uma final para nós», lembrou.
Hélio lembra que «existem jogadores no plantel que no ano passado estiveram no Jamor», apesar de reconhecer também que «saíram alguns jogadores importantes». «Os que cá ficaram estão motivados. Estar tão perto da final só pode servir de motivação», referiu. «O V. Guimarães é uma equipa forte, que pensou em apostar noutros voos, mas que agora estão a lutar por outros objectivos. Têm qualidade, um excelente plantel, e não perdem há sete jogos. Em relação ao que não conseguimos fazer nos jogos para o campeonato, vamos tentar melhorar e sermos superiores», disse.
E quem conheceu Hélio nos tempos de jogador quase não reconhece o treinador quando o ouve falar. «Pode ser importante o factor casa. Como foi com o Boavista. Será muito importantes termos o apoio dos adeptos porque pelo que leio eles vão trazer uma grande massa adepta. É importante que os setubalenses digam presente para que possam ser o nosso 12º jogador», apelou.
Hélio considera este um jogo «importante» para a sua curta carreira de treinador, mas não o mais importante. «Era espectacular conseguirmos a final porque a UEFA estaria garantida. O Vitória não tem condições estruturais e financeiras para iniciar a época com o objectivo de lutar por esses lugares, por isso, seria bonito conseguir a terceira presença nas últimas temporadas. Estávamos a voltar aos velhos tempos», recordou.