«The Special One», uma compilação com as melhores citações de José Mourinho, que está a fazer furor em Inglaterra há quase um ano, conta agora com uma adaptação portuguesa, assinada pelo jornalista Rui Tovar. «Não sou aquele que veio directamente do nada - eu sou especial». Foi desta forma que o treinador português se apresentou em Stamford Bridge deixando desde logo a sua marca com um discurso classificado entre o encantador, para alguns, o brilhante, para outros, e o arrogante, para muitos outros.
Alex Ferguson e ArséneWenger viram desde logo o seu protagonismo nas páginas dos jornais ingleses drasticamente reduzido com a impetuosa entrada de Mourinho e tiveram de se encolher para dar espaço ao «invasor» português. O jornalista John Amhurst compilou as melhores frases do Special One desde os primeiros tempos no F.C. Porto até ao auge no Chelsea e a editora Virgin Books transformou-as num livro de sucesso.
A editora portuguesa Casa das Letras aproveitou agora a embalagem, adquiriu os direitos de publicação em Portugal, reforçando a obra com mais declarações de Mourinho dos tempos que passou na Liga portuguesa ao serviço do Benfica, U. Leiria e F.C. Porto. «O que ele diz de si e dos outros» é o subtítulo de um livro que permite reencontrar as declarações mais fortes do treinador português e perceber como, passo a passo, chegou ao topo do futebol.
O Maisfutebol deixa-lhe aqui uma frase de Mourinho de cada um dos capítulo do «Eu sou especial» para lhe abrir o apetite:
Benfica: no princípio foi a Luz: «Quem tem medo fica em casa. Quem não sente potencial psicológico, trabalha toda a vida em clubes pequenos», 22 de Setembro de 2000.
União de Leiria: o trampolim: «Com quatro jogadores da União de Leiria era campeão no Benfica», 28 de Dezembro de 2001.
FC Porto: a glória: «Na próxima época, vamos ser, de certeza absoluta, campeões», 24 de Janeiro de 2002.
Chelsea: a confirmação: «Inesquecível. Mas que ninguém diga que não se pode repetir», 23 de Fevereiro de 2005.
Mourinho por ele próprio: «Não sou aquele que veio directamente do nada ¿ ei sou especial», 1 de Agosto de 2004.
A premiership: «Temos jogadores de topo e, desculpem-me se sou arrogante, temos um treinador de topo», 1 de Março de 2005.
A Liga dos Campeões: «O Liverpool marcou, se se pode dzier que marcou, porque talvez se possa dizer que quem marcou foi o árbitro auxiliar», 6 de Maio de 2005.
À maneira de José: «Os meus jogadores são sempre os melhores jogadores do mundo, mesmo que não o sejam», 18 de Setembro de 2004.
Os jogadores dele e os outros: «Ele é um menino de Liverpool e decidiu ficar em casa», sobre Steven Gerrard, 6 de Julho de 2004.
Ferguson, Wender e o resto: «Respeito-o, não só o respeito como gosto dele», sobre Alex Ferguson, 20 de Maio de 2005.
A atracção pelo conflito: «Não nutro amizade nem respeito por Manuel José», 9 de Outubro de 2001.
Mourinho, os árbitros, a FA e a Lei: «Claro que foi penalti. Nalguns países seriam marcados dois penalties por aquela falta», 22 de Janeiro de 2005.
O futuro: «Queremos ganhar tudo, mas normalmente não se consegue», 17 de Julho de 2005.