O índice dos valores de rendas de escritórios cresceu cerca de 1 por cento em termos trimestrais e 8,9% em termos anuais, com seis mercados a evidenciarem sinais de aumento das rendas prime, liderados por Milão (mais 14%) e Varsóvia (mais 10%).

Bruxelas foi a excepção, registando um decréscimo das rendas na ordem dos 1,7%, de acordo com o European Office Property Clock da Jones Lang LaSalle, relativo ao primeiro trimestre do ano.

Absorção de escritórios na Europa ascende a 3,2 milhões de m2

Para o CEO EMEA da Jones Lang LaSalle, Alastair Hughes, «a procura para espaços de escritórios continua a registar níveis bastante saudáveis, apesar do crescimento das rendas prime ter continuado a abrandar no primeiro trimestre devido às fracas perspectivas económicas».

No primeiro trimestre de 2008, a absorção no mercado europeu de escritórios ascendeu a 3,2 milhões de m2, num decréscimo de 7% comparativamente ao trimestre anterior, mas ainda assim cerca de 25% acima da média dos últimos 5 anos.

Em termos de mercados, o maior crescimento da absorção foi registado em Praga (mais83%).

Mais de 7,2 milhões de m2 devem estar concluídos até final do ano

Já o crescimento das rendas prime, nos últimos 12 meses, foi particularmente forte em Varsóvia (mais 32%), Moscovo (mais 31%), Budapeste (mais 19%) e Londres (mais 18%).

O custo de arrendamento de espaços de escritórios em Varsóvia cresceu para os 396 euros/m2, ao ano, uma fracção dos elevados custos associados ao arrendamento de escritórios no West End londrino, onde as rendas prime se mantêm como as mais elevadas da Europa em 1553 euros/m2 ao ano.

Lisboa registou um valor prime de arrendamento de 264 euros/m2 ao ano no primeiro trimestre do ano, o que representa uma acréscimo de 7,3% quer em termos trimestrais quer em termos anuais.

Contudo, espera-se que mais de 7,2 milhões de m2 sejam concluídos até final do ano, uma oferta impulsionada principalmente pelo florescente mercado de Moscovo, que deverá contribuir com 2,4 milhões de m2.