Giannelli Imbula, médio que em 2015 custou ao FC Porto 20 milhões de euros mas que ficou no Dragão apenas meia época, está envolvido numa batalha na justiça.

A história foi publicada esta segunda-feira pelo L'Equipe e tem contornos inusitados, com acusações de parte a parte e, ao que parece, muita ingenuidade do agora jogador dos russos do FK Sochi.

Tudo começou em junho de 2018, quando o carro no qual seguia, um potente bólide de uma construtora alemã avaliado novo em cerca de 80 mil euros, ficou amolgado após um acidente de viação. O condutor da outra viatura pôs-se em fuga, o que inviabilizou a troca de papelada para enviar às seguradoras. O primo do futebolista, que estava a conduzir a viatura, disse-lhe que tinha um amigo que conhecia donos de oficinas em Toulouse e foi dessa forma que chegou até ele um homem que é apresentado como Morgan B, dono de uma empresa de camiões e que disse que poderia ajudá-lo sem que para isso precisasse de gastar muito dinheiro no arranjo da viatura.

De acordo com Imbula, Morgan B propôs-se a danificar um pouco mais o bólide com a ajuda de um dos camiões da empresa e a assumir a responsabilidade pelo acidente, cuja reparação ficaria a cargo da seguradora deste. Imbula aceitou.

Só que semanas depois o jogador continuava sem ter notícias da viatura. Imbula conta que Morgan B justificou o desaparecimento com o facto de ter sido alvo de uma queixa da seguradora, que estaria prestes o esquema. E é aqui que Morgan B lança, segundo a defesa de Imbula, o derradeiro trunfo, ao pedir-lhe que lhe enviasse o livrete do carro e assinasse um certificado de venda de modo a que tudo se resolvesse para os dois lados.

O que acontece a partir daqui já é fácil de antever. Imbula assinou a papelada e deixou de ser o proprietário do carro. Só que há mais! Imbula alega ter sido enganado e Morgan B queixa-se de que, afinal, foi o médio que lhe roubou o carro, quando, em setembro de 2018, pediu ao primo que, munido de uma cópia da chave, fosse resgatá-lo a uma rua de Toulouse. Morgan B preencheu uma queixa por roubo e mais tarde a viatura foi parada durante uma operação policial: o irmão de Imbula ia ao volante.