Quem esteve no domingo passado a assistir ao Moncarapachense-Moura, da Série E do Campeonato de Portugal, não ganhou para o susto.

Durante a segunda parte do jogo, a chegada de um tornado obrigou à interrupção do jogo e provocou estragos em parte da estrutura do Campo da Torrinha, casa do clube do concelho de Olhão que esta época regressou aos campeonatos nacionais pela primeira vez ao fim de 45 anos.

As fotografias, publicadas pelo Maisfutebol no dia do sucedido, documentam todo o cenário de destruição. Vedações, bancos de suplentes e holofotes virados e parcialmente destruídos e um muro com mais de 40 anos que cedeu e caiu para cima de carros estacionados fora do recinto.

«Nada fazia prever aquilo. Até às 3 da tarde estava um dia bonito de sol. De repente, durante o jogo chegou o tornado. Tinha um raio de 80 metros de largura e por onde passou levou tudo à frente», conta ao Maisfutebol Nemésio Martins, presidente do conjunto algarvio, que assistiu a tudo in loco.

O dirigente ainda não fez as contas aos prejuízos, mas espera que o Moncarapachense não tenha de arcar com as despesas. «Já acionámos o seguro que temos e estamos à espera de uma resposta», afirma dois dias depois do fenómeno meteorológico que varreu parte da zona costeira do Algarve.

Esta segunda-feira não houve treinos no Campo da Torrinha. O dia foi dedicado a tirar vidros e outros detritos do sintético, bem como a concertar parte dos holofotes e vedações. «Hoje [terça-feira] a equipa sénior já vai treinar e no domingo que vem esperamos receber no nosso campo o Olhanense. Se há o risco de não jogarmos cá? Não vejo por que razão isso possa acontecer: vai ser de dia e as estruturas essenciais não foram afetadas.»

Recorde-se que o Campo da Torrinha foi alvo de melhoramentos no verão passado. Essas infra-estruturas, garante Nemésio Martins, não sofreram danos.

FOTOS: Jorge Anjinho, correspondente do Maisfutebol no Algarve