Dwight Yorke, antigo jogador do Manchester United, natural de Trindade e Tobago, foi impedido de entrar nos Estados Unidos, por ter disputado um jogo no Irão, em 2015.

«Não posso crer no que se passou. Não consigo enumerar o número de vezes que já fui aos Estados Unidos, adoro aquele país, mas senti-me tratado como um criminoso», explicou o ex-futebolista, de 45 anos.

À partida de Doha, onde trabalha para a estação televisiva BeIN Sports, não pôde embarcar para Miami, destino de escala para o regresso às Caraíbas.

Em causa esteve a sua estada em Teerão, em 2015, para disputar um jogo de solidariedade.

«Comprei o meu bilhete, fiz o meu registo e estava na porta de embarque quando dois agentes me detiveram. Perguntei o que se passava e eles explicaram que havia um problema com o meu visto, porque tinha um carimbo iraniano no passaporte. Estive no Irão para um jogo entre veteranos, na inauguração de um estádio, mas nem sequer lá dormi», descreveu o vencedor da Liga dos Campeões em 1999.

O Irão, juntamente com outros seis países de maioria muçulmana, consta na lista de um decreto assinado pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, que impede o acesso aos Estados Unidos durante três meses. Uma lei que está suspensa por ordem do tribunal. Mas há uma legislação anterior, aprovada no mandato de Obama, que diz que as pessoas que tenham estado no Irão, Iraque, Síria e Sudão nos últimos cinco anos, têm que tirar visto, mesmo que a sua nacionalidade seja uma das que, em situações normais, o dispensa.