Os Comités Olímpico e Paralímpico Russo demitiram esta sexta-feira o diretor da sua agência antidoping, (RUSADA), Yuri Ganous, que desde a sua entrada em 2017 denunciou a falta de empenho das autoridades na luta por um desporto limpo.

O ex-diretor reagiu à France-Presse, afirmando que o seu despedimento «não significa nada de bom» para o desporto do país, e que durante o seu tempo, tudo fez para que a RUSADA voltasse a implementar a confiança do desporto russo aos olhos dos órgãos desportivos mundiais.

A denúncia de irregularidades no desporto, assim como a sua portura anti-Kremlin podem ter contribuído para a decisão, tendo o próprio afirmado que as autoridades foram responsáveis pela falsificação dos documentos que levaram à exclusão da Rússia dos Jogos Olímpicos.

A versão oficial é que Ganous apresentou «irregularidades financeiras, incluindo tarifas de táxi ou aulas de inglês pagas pela RUSADA».

A Agência Mundial Antidopagem (AMA) reagiu à demissão do diretor da RUSADA, afirmando estar «extremamente preocupada.»