Marc Batra admitiu que o atentado que a equipa do Dortmund sofreu em abril, quando ia a caminho do estádio para o jogo frente ao Mónaco, da Liga dos Campeões, e que lhe feriu o braço, mudou a forma do internacional espanhol encarar a vida.

«O atentado mudou-me em muitas coisas. A maneira de vê-las. A forma de valorizar o que é verdadeiramente importante e o que não é. Estás no teu dia-a-dia, não esperas que nada te aconteça. Nunca sabes quando te pode acontecer alguma coisa. É a motivação de viver, de valorizar mais as coisas. É uma pena que tenha que se passar alguma coisa tão forte para teres mais consciência disso, mas se o superares, faz com que vivas e exprimas tudo muito mais», começou por dizer o defesa-central em entrevista à «Marca».

«Quando me levanto a primeira coisa em penso é na minha filha, que está bem. Penso que somos uns privilegiados por estarmos bem. Depois de tudo o que vivi, o facto de estar bem mentalmente, de poder treinar e jogar é o que me faz mais feliz», confessou.

Depois do atentado, o atleta de 26 anos foi operado ao braço, o que o afastou dos relvados durante sensivelmente um mês. O regresso, esse, foi incrível: «Quando voltei a jogar foi um dos melhores momentos da minha vida. É o que gosto de fazer e o que sei fazer melhor. Além disso, recebi muito carinho das pessoas. O regresso foi incrível.»

Por fim, o jogador do Borussia Dortmund deixou uma mensagem de apelo contra o racismo religioso: «Não somos todos iguais, em nenhuma raça ou crença. Quem faz uma coisa destas não é consciente daquilo que faz. Não devemos julgar ninguém pela raça ou pela religião.»