Diego Maradona colocou Cristiano Ronaldo e Lionel Messi no topo da hierarquia do futebol. Numa extensa entrevista dada ao jornal espanhol Marca, o antigo futebolista deixou elogios aos dois jogadores, que disse serem superiores a todos os outros na atualidade. «Não posso dizer que Messi é mais do que Cristiano, nem que Cristiano é mais do que Messi. Gosto dos dois, quero-os na minha equipa. Cristiano encanta-me porque dá sempre a cara. Sobre Lionel [Messi], já disse muitas vezes e aborrece-me repeti-lo: ele não tem de ser campeão do Mundo para ser considerado um fenómeno», disse antes de disparar em direção dos críticos do craque do Barcelona. «Deixem-no em paz. O miúdo tem todo o direito de renunciar à seleção, como fez neste verão. E depois saem de joelhos a pedirem-lhe que volte. Os mesmos que o criticavam antes», apontou.

Maradona, que participou nesta quarta-feira no Jogo da Paz, em Roma, falou ainda sobre Neymar, que considerou estar quase ao nível de Ronaldo e Messi. «Eu sabia que o Brasil não ia ficar de braços cruzados. Depois de Rivaldo, Ronaldinho e Kaká, aprece este Neymar. Encanta-me vê-lo jogar», referiu.

Na mesma entrevista, El Pibe deixou ainda críticas ao estado do futebol atual, que disse girar em torno de interesses de empresários. «Tenho vontade [de voltar a treinar]. Mas no futebol há uma máfia muito grande. O mundo dos treinadores está dominado pelos empresários e não pelos méritos de um e de outro. Há muitos agentes a que, se não lhes pagas, não vais para nenhum clube. Há 15 anos um treinadores chegava a um Milan ou a um Real mais livremente. Agora são mandados por empresários.»

Maradona deixou ainda elogios a Gianni Infantino e apontou o dedo ao ex-presidente da UEFA, Michel Platini, que está a cumprir uma suspensão de quatro anos válida para todas as atividades relacionadas com o futebol. «Cuspiu no prato onde comeu. Perdemos o respeito por ele.»