O juiz Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal do Brasil, decidiu devolver a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a Ednaldo Rodrigues, destituído do cargo a 7 de dezembro de 2023.

O magistrado deu sequência à recomendação da procuradoria-geral, que sugeriu ao tribunal superior a anulação da decisão judicial de destituir o dirigente do cargo e a marcação de novas eleições na CBF, instituição que atravessa uma grave crise desportiva e institucional.

O juiz suspendeu a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro «até que o Supremo Tribunal Federal decida definitivamente sobre a interpretação constitucionalmente adequada» ou até que o tribunal superior «decida o contrário».

Lembre-se que um tribunal do Rio de Janeiro demitiu Ednaldo Rodrigues por considerar que as eleições que este ganhou foram realizadas segundo regras que violavam o regulamento interno da CBF..

Desta forma, são «reintegrados nos cargos de forma imediata» os dirigentes eleitos na Assembleia Geral Eleitoral da CBF de 23 de março de 2022 até que o Supremo tome uma decisão definitiva.

A FIFA rejeita qualquer decisão judicial que afete a gestão das federações nacionais e pode impedir equipas e seleções desses países de participar em torneios internacionais.

«Ao não reconhecer a atual gestão, a FIFA alertou oficialmente a CBF sobre a possibilidade de impor sanções ao futebol brasileiro, incluindo a suspensão da participação em competições organizadas pela FIFA e pela CONMEBOL», considerou o juiz.