Bryon Widner fez o impensável. Passou por 25 cirurgias para apagar as tatuagens com cruzes suásticas, lâminas ensanguentadas e as palavras «Hate» e «Reich» que lhe cobriam a cara e o corpo.

Durante 16 meses, o mais conhecido e temido defensor da supremacia branca dos EUA apagou o passado marcado na pele.

O fundador do gangue skinhead Vinlander, em Ohio, foi preso antes dos 30 anos, mas em 2006 a sua vida mudou: Bryon Widner casou com Julie, que partilhava dos mesmos ideais, e juntos começaram a questionar as suas crenças.

Com a ajuda daqueles que antes eram seus inimigos, Widner conseguiu apagar algum do seu passado sem ter de «mergulhar a cara em ácido».

«Uma vez estava com o Tyrson e ele começou a chorar e uma mulher olhou para mim e disse: "Deve estar assustado com a sua cara"», afirma.

Joseph Roy, do Southern Poverty Law Center, encontrou uma apoiante do centro disposta a pagar os 24 mil euros das cirurgias que o membro da extrema-direita americana precisava. As condições impostas eram que a sua identidade se mantivesse anónima e que Bryon estudasse e fizesse terapia.

A primeira operação aconteceu em junho de 2009. Atualmente é homem que desejava, apesar das dores de cabeça permanentes e problemas de pigmentação.

O processo foi filmado e deu origem ao documentário «Erasing Hate».

Veja o vídeo: