O Barcelona viu aprovada em Assembleia Geral, com 89 por cento dos votos a favor, uma proposta de refinanciamento da dívida num valor de 525 milhões de euros.

Em comunicado, o emblema espanhol informa que a operação será conduzia pela Goldman Sachs, a mesma instituição financeira que se associou aos clubes fundadores da Superliga Europeia.

Nesta altura, confirmou o vice-presidente do Barcelona para os assuntos económicos, Eduard Romeu, a dívida do clube ultrapassa os 1.044 milhões de euros. Este mesmo responsável frisou que a operação de refinanciameno da dívida permitirá dispor da liquidez necessária para pôr em prática um plano estratégico traçado para os próximos 24 meses.

Um dos assuntos debatidos na Assembleia deste domingo foi o envolvimento do Barcelona no projeto da Superliga Europeia, defendido pelo presidente culé, Joan Laporta. «Estou convicto de que este projeto é bom para nós. Quando formos autorizados, avançaremos», disse, frisando ser importante explicar bem o projeto.

Laporta fez alusão àquilo que considera ter sido um «erro histórico» do Barcelona aquando da criação da Taça dos Clubes Campeões Europeus na década de 50, algo que não quer ver repetido. «Cometemos o erro histórico de não querer aceitar o convite para disputar a Taça dos Campeões Europeus quando ela foi criada para que continuássemos a disputar a Taça das Cidades com Feiras. Outro clube aceitou o convite no nosso lugar e ganhou as primeiras cinco edições», afirmou, referindo-se ao rival Real Madrid.

Para Laporta, a Superliga Europeia respeita a meritocracia e tem um conceito de solidariedade que protege os clubes tradicionais dos chamados «clubes-estado», designação que entende encaixar no PSG. «Está a inverter tudo e pode pagar a um jogador o dobro do salário. Essas práticas adulteram a competição.»