Tardou, mas aconteceu: aos 28 anos, Alejandro Grimaldo foi, finalmente, convocado para a seleção de Espanha.

O lateral do Bayer Leverkusen foi entrevistado pelo departamento de comunicação da federação espanhola e analisou o momento que atravessa.

«É um momento muito especial», disse Grimaldo. «Tem sido um ano incrível e, com a chamada à seleção, converteu-se num ano ‘grandíssimo’. É um sonho para mim poder estar aqui», acrescentou.

O ex-jogador do Benfica lembrou que «o futebol pode levar-te por diversos caminhos» e garantiu que está «muito feliz com o percurso feito e com a forma como as coisas lhe correram nos diversos clubes». Em particular, com o momento que vive na Alemanha, já que considera que «também é graças ao Leverkusen» que tem a oportunidade de ser internacional.

De resto, Grimaldo elogia o seu atual treinador, o também espanhol Xabi Alonso. «É um treinador incrível que está a tirar o melhor de mim», afirmou.

O jogador explicou que soube da convocatória quando estava em pleno aeroporto, no Azerbaijão, no momento em que a equipa se preparava para voltar à Alemanha, depois do jogo com o Qarabag, para a Liga Europa. «Nem tive tempo de falar com a família ou com os amigos. Depois, quando aterrámos , tinha o telefone cheio de mensagens, uma loucura», recordou.

Com a maior parte da carreira feita fora de Espanha, Grimaldo pode ser um jogador pouco conhecido (!) no seu próprio país. Por isso, pediram-lhe que se apresentasse aos adeptos espanhóis.

Disse ser «um lateral que gosta de atacar», mas que melhorou muito defensivamente. Pode jogar numa linha de quatro ou de cinco defesas. E gosta «de jogar por dentro, se o treinador precisar», já que se adapta a papéis diferentes. E um detalhe: «sou bom nas bolas paradas, que é uma coisa importante». Nada que, por cá, não se soubesse.

Ao chegar à concentração da seleção espanhola, Grimaldo admitiu que pensava na namorada e na filha, que está quase a fazer um ano – «vou estar uma semana sem elas, mas é por uma boa causa», afirmou – e nos pais, que sempre o apoiaram e seguiram para toda a parte, «o que não era fácil».