O presidente da Liga Espanhola, Javier Tebas, deixou esta quinta-feira duras críticas às equipas que avançaram com o projeto da Superliga Europeia, em especial às espanholas – Real Madrid, Barcelona e Atlético de Madrid.

Em conferência de imprensa, o dirigente afirmou que a Superliga está morta e defendeu que o problema dos clubes não são as receitas, mas sim os gastos.

«Este projeto está a ser diluído como açúcar. O ponto negativo é a mensagem que se tem transmitido. Eles não podem dizer-nos que vêm para nos salvar da ruína, porque isso não é verdade. Nem que não prejudicam as competições nacionais. Prejudicam, economicamente e desportivamente. E na meritocracia. E finalmente: se fosse tão bom, não o teriam feito clandestinamente», disse, citado pela imprensa.

«Já tinha acontecido, mas nunca tinham chegado a vias de facto como agora. A sociedade [entre os clubes] não se tinha estabelecido. O grande problema é não ter mais receita para que os jogadores tenham sete Ferraris em vez de seis. O problema é a distribuição. A minha posição é muito clara: não é um problema de receita, mas sim de contenção de custos», acrescentou.

Tebas continuou depois: «Não sei se é a ‘BiSuperliga’ ou a ‘TriSuperliga’, porque só estão dois ou três clubes. Não pode criar-se o que eles criam. As equipas alemãs nunca vão aderir, tal como as francesas. A Superliga, tal e qual está concebida, está morta. Que sejam realistas.»

Javier Tebas não admite sequer um formato da Superliga que respeite a meritocracia adjacente ao desporto. «Porque é que temos de mudar se temos crescido muito? Para satisfazer a ganância de alguns, ou para alguns comprarem mais Lamborghinis, vamos mudar tudo?», questionou.