O futebolista brasileiro Hulk, que em Portugal se destacou pela passagem no FC Porto, levou dois cartões amarelos por protestos no último lance do empate do Atlético Mineiro ante o América Mineiro, na noite de sábado e, no final, não escondeu a revolta, deixando a entender nas suas declarações que não vai prosseguir no futebol brasileiro depois desta época.

«É uma falta de respeito, eu estou cansado, do Brasil eu estou cansado. Mais um mês aqui e eu vou embora», afirmou, em declarações aos jornalistas, ainda no relvado.

«A disputa foi no corpo, eu ganhei no corpo. Ele deu falta e eu levei amarelo. Ninguém tem sangue de barata. Nós trabalhamos para caramba, a gente abdica de um monte de coisas, deixa a família em casa, para vir aqui e dar o nosso melhor», tinha dito, pouco antes.

«Eu disse ao quarto árbitro que ele queria aparecer. Ele disse que vai colocar no relatório e eu disse-lhe: “Pode colocar que só quer aparecer, porque só aparece quando é para prejudicar a gente”. O jogador caiu no chão e eu fui falar com ele. Ele deu as costas, mal-educado. O próprio jogador do América disse que ele era mal-educado. Eu cheguei ali para falar com ele na boa: se é para ser atendido, pode chamar uma, duas dez vezes, mas no jogo contra o São Paulo era o mesmo árbitro e deu 12 minutos. 12! E só teve um lance lá que foi o penálti. Aqui, o jogo todo a parar e ele dá 6 minutos?», questionou Hulk, antes da frase forte em que deixa a entender que vai «embora» no final de 2023.

Entretanto, a Rádio Itatiaia cita o relatório do árbitro nas últimas horas, a dar conta dos motivos para a expulsão de Hulk. «Após ser advertido com o cartão amarelo por reclamação, o mesmo começou a proferir as seguintes palavras: "Vai tomar no cú, filho da p****, vá-se fo***. Em seguida, fez o gesto com as duas mãos de roubo e disse: "Simplesmente ridículo"».