O advogado João Lima Cluny rejeitou, em comunicado enviado à Lusa, que exista «qualquer situação de conflito de interesses» no âmbito das investigações aos casos do «Football Leaks» pelo facto de ser filho do representante português no Eurojust.

Cluny sublinha que não teve «qualquer intervenção como advogado ou noutra qualidade nos processos mencionados» e lamenta as «suspeições infundadas e difamatórias» levantadas pela Der Spiegel.

João Lima Cluny acrescenta ainda que não discutiu com o pai ou com terceiros processos que lhe sejam confiados, ou à sociedade de advogados a que pertence, referindo-se ainda ao caso que o opôs a Rui Pinto, em 2014.

«Trata-se de um processo encerrado com base em acordo que se encontra junto aos autos e acessível a quem quer que o deseje consultar», lê-se no comunicado.

Segundo a Der Spiegel, António Cluny, representante português no organismo europeu não declarou que o filho, João Lima Cluny, é associado do escritório de advogados Morais Leitão, que representa Cristiano Ronaldo, José Mourinho, Jorge Mendes e outros agentes do mundo do futebol em casos de justiça levantados pela divulgação de documentos pelo Football Leaks.

Lembre-se que António Cluny rejeitou que exista um conflito de interesses entre a função que tem na agência europeia para combate ao crime organizado e as investigações em relação aos casos revelados pela plataforma.