A saída de José Mourinho do Chelsea em 2007 foi um choque para o plantel, de acordo com um dos jogadores que fazia parte daquele plantel.

«Nunca senti que havia tensão ou pensei que Mourinho estivesse em causa», começou por recordar Steve Sidwell, ao The Athletic.

O médio fora contratado em julho desse ano, antes de José Mourinho e o proprietário do Chelsea, Roman Abramovich, entrarem em conflito.

«Houve alguns jogos antes em que se podia observar coisas na imprensa e, depois, a aquecerem», prosseguiu Sidwell.

«Mas ninguém o sentia dentro [do balneário], os jogadores estavam unidos, ninguém estava contra Mourinho, ele não tinha perdido os jogadores», contou.

«No dia em que ele saiu, estava a levar a minha esposa ao aeroporto e ouvi a notícia na rádio: ‘Me**a, ele saiu. O que vai acontecer agora?’», questionou-se.

Sidwell refere que depois os jogadores foram chamados ao centro de estágio em Cobham.

«Foi estranho quando Mourinho apareceu para dizer adeus. Conseguia ouvir-se uma mosca a pousar, parecia que alguém tinha falecido. Quando se vê personalidades fortes como Didier Drogba, Frank Lampard e John Terry a chorar no chão ou a choramingar…eu próprio fiquei afetado. Foi realmente estranho.»

«Telefonei-lhe mais tarde nesse dia para agradecer-lhe ter-me contratado para o Chelsea e exprimir o meu lamento por não ter trabalhado com ele mais tempo. Disse-me que não tinha dúvidas de que eu ia ter uma grande carreira, o que foi simpático por parte dele», narrou Sidwell.

Depois disso Sidwell já encontrou o treinador português em várias ocasiões, e mantém os elogios: «Fosse no futebol ou socialmente, tem sempre tido classe.»

Mourinho tinha vencido dois campeonatos com o Chelsea quando deixou o clube em setembro de 2007. Regressou em 2013 para ser campeão de novo e, mais uma vez, sair em 2015 antes do final do contrato.