O fundador do Wikileaks, Julian Assange, vai recorrer da decisão tomada hoje pela justiça britânica de autorizar a extradição para a Suécia, para responder às acusações de crimes sexuais, disse o advogado.

Segundo a agência Lusa a justiça britânica decidiu hoje que Assange pode ser extraditado para a Suécia, numa decisão lida numa breve audiência e na presença do australiano.



O juiz Howard Riddle considerou que as alegações de violação e abuso sexual denunciadas por duas mulheres são delitos que justificam a extradição e que o mandado da justiça sueca foi corretamente emitido.

O australiano de 39 anos tem desmentido, desde sempre, as acusações de agressão sexual e violação, apresentadas por duas suecas por factos que dizem ter ocorrido em agosto passado na Suécia.

No início de fevereiro e no tribunal de Belmarsh (sudeste de Londres), os advogados de Assange opuseram-se à eventual extradição do seu cliente, que definiram como um «abuso de direito».

Os advogados argumentam que a justiça sueca não tem necessidade de extraditar Assange para registar as suas declarações e consideram suficiente um simples pedido de interrogatório à justiça britânica.