Lionel Messi abordou o futuro na seleção argentina e reconheceu que poderá estar presente no Mundial 2026, embora queira perceber em que condições vai estar nessa altura.

«O tempo dirá se estou lá ou não. Vou chegar numa idade [39 anos] em que normalmente não conseguiria jogar no Mundial. Eu disse que acho que não vou estar lá. Pareceu que depois do Mundial [do Qatar] eu estava a retirar-me, mas pelo contrário», afirmou o avançado do Inter Miami num documentário da Star + com os campeões do mundo pela albiceleste.

«Agora, quero estar lá mais do que nunca. Depois de sofrer tantos anos e quando vivemos um momento especial que nunca vivi antes, quero aproveitar ao máximo. Sinto-me bem dentro do grupo, que é muito unido, muito saudável e gosto de estar junto deles. Quero aproveitar isso tudo, sem pensar em dois ou três anos, o que no futebol é muito», vincou.

«Não estou a pensar no Mundial e não estou a dizer a cem por cento que não estarei lá, porque tudo pode acontecer. Dada a minha idade, o mais normal é que eu não esteja. Vamos ver até que ponto. Talvez estejamos bem na Copa América e isso aconteça. Talvez não. Sendo realista, é difícil», completou.

Messi também não quis apontar uma data para o adeus à seleção argentina e assumiu que a mudança para a Major League Soccer (MLS) foi um passo atrás do ponto de vista competitivo.

«Já disse várias vezes e é uma realidade. Vou tentar sempre competir ao máximo e sou o primeiro a saber quando posso estar lá e quando não posso. Também sei que fui para uma liga menor, mas muita coisa acontece por causa do pessoal e da forma como se encara e compete», disse.

«Enquanto eu sentir que estou bem e que posso continuar a contribuir, vou fazê-lo. Atualmente, a única coisa que penso é em chegar bem à Copa América e poder competir como sempre fizemos, tentando ser campeões», completou.

O internacional argentino revelou ainda que a conquista do último Mundial veio trazer a «tranquilidade» que lhe faltava.

«Ser campeão mundial mudou a minha tranquilidade no trabalho, entre aspas, porque ainda é um trabalho. Consegui conquistar tudo e conseguir alcançar o que sonhei como jogador, quando não tinha mais nada por fazer... Isso foi o maior prazer. Como quando se atinge o objetivo em qualquer campo. Orgulhoso e satisfeito por ter feito o trabalho», concluiu.