No dia 29 de Agosto, data em que completaria 51 anos, Michael Jackson vai ser fi nalmente enterrado no Glendale Forest Lawn Memorial Park, em Los Angeles, mas as circunstâncias e as causas da sua morte continuam por esclarecer.

Dois meses depois do seu desaparecimento, Conrad Murray quebrou o silêncio.O médico do cantor, através de um vídeo gravado em Houston, no Texas, diz-se de consciência tranquila. «Fiz tudo o que pude, disse a verdade e tenho fé que ela prevalecerá», assegura. Conrad Murray, que já foi ouvido pela polícia norte-americana e viu os seus consultórios serem revistados, tem estado sob suspeita, mas mostra-se sereno. Agradece as muitas mensagens de apoio que diz ter recebido, mas também revela algum receio. «Por

tudo o que está a acontecer tenho medo de retribuir as chamadas telefónicas ou de usar o meu e-mail», explica.

Com a morte de Michael Jackson, o médico pessoal do cantor teve de fechar todos os seus consultórios, já recebeu ameaças de morte e tem-se mantido praticamente fechado na sua casa, em Las Vegas.

Para já, é apenas um dos inquiridos neste processo de homicídio involuntário e ainda não é ofi cialmente suspeito nas investigações. Conrad Murray admitiu à polícia ter administrado a Michael Jackson um forte anestésico e

vários sedativos, horas antes do cantor morrer.

A última tese divulgada pela imprensa norte- -americana aponta para a possibilidade de o médico ter saído pouco tempo depois de casa do cantor, para fazer uns telefonemas e, quando regressou, Michael já estava em paragem cardio-respiratória.

Katherine Jackson é que não se conforma com esta versão e mantém a convicção de que o fi lho não morreu de causas naturais. A mãe da estrela da pop quer processar o médico e tenciona exigir-lhe uma indemnização de 70,2 milhões de euros pelos danos fi nanceiros e emocionais provocados pela morte do filho.