A manifestação silenciosa, realizada pela organização não-governamental Rio de Paz, questiona a quantia destinada à modernização e construção de estádios para a realização do torneio, em detrimento da melhoria de serviços básicos como saúde, educação e segurança pública.
As bolas gigantes, com cerca de dois metros de diâmetro, foram lançadas no imenso relvado próximo da Esplanada dos Ministérios, zona reconhecida como centro do poder político.
O símbolo do futebol foi marcado com cruzes vermelhas no centro para chamar atenção para a insegurança do país, que segundo dados citados pela ONG, regista mais de 50 mil mortes por assassinato por ano.
Num comunicado distribuído à imprensa, a ONG sugere que o Governo brasileiro peça «desculpas» por fazer acreditar que o Mundial seria realizado apenas com dinheiro da iniciativa privada, a ressaltar que os gastos são inaceitáveis em um país onde não há escolas para as crianças nem condições de trabalho para os médicos nos hospitais públicos.
Os gastos com o Mundial de Futebol no Brasil somam 25,6 mil milhões de reais (cerca de 8,3 mil milhões de euros).
A ONG pediu ainda que seja realizado um minuto de silêncio ao início do primeiro jogo do Brasil, no dia 12 de junho, em memória aos oito operários que faleceram durante a construção dos estádios.
Lusa
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