As forças de segurança, exército e polícia, foram colocadas em «estado de alerta» no Paquistão, algumas horas depois da morte, num atentado suicida, da ex-primeira-ministra e líder da oposição Benazir Bhutto, anunciou esta quinta-feira o ministro do interior.

Segundo escreve a Lusa, o assassínio de Benazir Bhutto desencadeou manifestações e actos de violência em diferentes cidades do país, designadamente na cidade do actual primeiro-ministro, Jacobabad, onde um tribunal foi incendiado.

Em Peshawar, a polícia dispersou com bastões e granadas de gás lacrimogéneo mais de uma centena de manifestantes que protestavam pelo atentado que matou Bhutto, regressada há dois meses do exílio para participar nas legislativas de 8 Janeiro próximo.

A polícia interveio quando os manifestantes bloquearam a rua principal da cidade, enquanto incendiavam cartazes e gritavam palavras de ordem contra o presidente paquistanês, Pervez Musharraf.

Segundo as agências internacionais, a dispersão foi acompanhada de tiros esporádicos disparados aparentemente para o ar por populares.

Uma esquadra da polícia foi atacada pelos manifestantes, que lançaram pedras contra o edifício, assim como vários automóveis particulares.

A cidade de Multan também foi palco de uma manifestação de cerca de 100 apoiantes do Partido do Povo Paquistanês, de Benazir Bhutto, que queimaram pneus e bloquearam a circulação automóvel.

Em Carachi, cidade do sul onde a ex-primeira-ministra foi alvo de um primeiro atentado, os manifestantes incendiaram pelo menos 20 habitações. O comércio encerrou e centenas de manifestantes saíram às ruas, incendiaram pneus e bloquearam estradas.

Confrontos entre manifestantes e a polícia nesta cidade resultaram, segundo fonte policial, em ferimentos a tiro em quatro agentes.