«Decidimos pedir a vinda de uma equipa da Scotland Yard. Enviei o pedido ao primeiro-ministro (britânico, Gordon) Brown e ele aceitou o pedido», disse Musharraf numa intervenção televisiva em que pediu ao país unidade, em vez de confrontação, na sequência do assassínio de Bhutto.
O Presidente disse-se confiante de que a ajuda dos peritos britânicos contribuirá para acabar com «as dúvidas» em torno da investigação conduzida pelas autoridades paquistanesas, cujos resultados preliminares foram rejeitados pelo partido de Benazir Bhutto.
Musharraf classificou a morte da sua opositora como «uma grande tragédia» e disse estar a sofrer, à semelhança de todos os paquistaneses, com o seu assassínio.
«O país viveu uma grande tragédia. Benazir Bhutto morreu às mãos dos terroristas. Rezo a deus todo poderoso para que a alma eterna de Benazir Bhutto descanse em paz», disse o Presidente. Musharraf criticou, por outro lado, «alguns infelizes» e «elementos políticos» que se aproveitaram da tragédia para saquear as cidades.
Sobre o adiamento das eleições legislativas de 08 de Janeiro para 18 de Fevereiro, hoje anunciado pela Comissão Eleitoral, o Presidente do Paquistão considerou a medida «inevitável» e a decisão da comissão «a mais correcta».
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