O Botafogo anunciou, esta sexta, as rescisões com Emerson Sheik, Bolívar, Edilson e Júlio César.

Maurício Assumpção, presidente do clube, explicou a decisão em conferência de Imprensa: «Vinha amadurecendo a ideia e ontem (quinta-feira) comuniquei a algumas pessoas próximas que tomaria esta decisão. No fim do dia, liguei para o (gerente de futebol, Wilson) Gottardo e falei que não era uma ingerência, mas sim uma decisão que o presidente está tomando. Nas últimas semanas tenho ouvido situações parecidas em outros clubes. Mas o Botafogo parece ser o único com coisas erradas. Estava servindo de desculpa para alguns, e alguma coisa precisava ser feita.»

O presidente do Bota revelou ainda que o técnico Vagner Mancini chegou a colocar o lugar à disposição, mas não aceitou esse cenário.


Três dos quatro jogadores em causa (Bolívar, Julio Cesar e Edilson) ainda entraram no relvado para o treino de hoje, mas receberam a notícia de Gottardo e do técnico Vagner Mancini, reagindo com indignação e até alguma revolta. De acordo com o Globo Esporte, o lateral-esquerdo atirou um copo de água ao chão, enquanto o central falou com o dedo em riste.

Edilson, que recupera de lesão, chegou a correr à volta do campo. Emerson Sheik chegou mais tarde, ficou breves minutos no relvado.

Além de problemas financeiros (salários em atraso desde o início do ano, por força da penhora de todas as receitas), o Botafogo passa por crise de resultados: é 17.º do Brasileirão, encontrando-se em lugar de descida.