De acordo com um comunicado da procuradoria de Düsseldorf, citado pela agência Reuters, foi encontrado em casa do copiloto um tablet com aquelas pesquisas no histórico, efetuadas entre 16 e 23 de março, um dia antes da queda do Airbus.
«Ele procurou informação sobre como cometer suicídio», lê-se na nota dos procuradores de Düsseldorf.
Uma análise pericial ao computador encontrado no apartamento de Andreas Lubitz, de 28 anos, revelou ainda que foram feitas pesquisas durante vários minutos relacionadas com questões de segurança do avião e com o funcionamento das portas das cabines.
«Pelo menos, num dos dias, ele passou vários minutos a investigar o sistema das portas do cockpit e de medidas de segurança relacionadas com elas», refere a mesma nota.
Um comunicado, emitido na terça-feira, especificou que Andreas Lubitz esteve em tratamento antes de obter a licença de piloto , mas desde que esta foi emitida não há documentação sobre esse tratamento.
«Vários anos antes de obter a sua licença de piloto, o co-piloto esteve num longo tratamento psicoterapêutico revelando tendências suicidas notórias», referem ainda a nota desta quinta-feira.
A investigação ao acidente em França concluiu que o piloto do voo da Germanwings se ausentou do cockpit, provavelmente para ir à casa de banho, e foi impedido de voltar a entrar pelo copiloto, que bloqueou a porta. Nesse período, Andreas Lubitz, de 28 anos, acionou «deliberadamente» o processo de descida do avião , ignorando as pancadas na porta, as tentativas de comunicação da torre de controlo e os alarmes do próprio aparelho. O avião acabou por embater numa montanha, matando todos os 150 passageiros e tripulantes .
A informação de que o copiloto pesquisou na internet maneiras para morrer, é divulgada no mesmo da em que o procurador de Marselha, em França, anunciou que foi encontrada a segunda caixa negra do avião que se despenhou nos Alpes a 24 de março.
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