Não está fácil a vida de Paulo Sousa à frente da Salernitana na Serie A: ainda não ganhou na prova, leva cinco derrotas em oito jornadas e está no penúltimo lugar com três pontos, fruto de outros tantos empates.

Este domingo voltou a perder – 0-3 em casa do Monza – e surgiram rapidamente notícias das reações dos responsáveis do clube de Salerno. «Estamos a refletir», disse uma fonte do clube ao jornal Gazzetta dello Sport, que adianta que Paulo Sousa corre o risco de ser despedido.

Nas próximas horas, o presidente do clube, Danilo Iervolino, vai decidir o futuro do treinador português, que assinou um contrato de dois anos no verão passado e que foi confrontado com o cenário de possível despedimento no final da partida.

 «O meu futuro? No desporto, temos sempre de dar o nosso melhor e, se não formos bem-sucedidos, os proprietários e a direção analisarão a situação. Estou muito sereno e consciente do meu trabalho, esta equipa só precisa de mais confiança. Tenho pena dos adeptos. Eu estou preocupado? A preocupação é com o que vejo em Israel, na Ucrânia, na Rússia», disse Paulo Sousa após o jogo.

Ainda em Monza, os diretores da Salernitana falaram com a equipa no balneário, reunindo-se depois com Iervolino. Enquanto a equipa regressa a casa, ao fim da tarde, a administração avaliará a crise da equipa antes de tomar uma decisão.

Em caso de exoneração, terá de escolher um novo treinador, aproveitando a pausa na competição para os jogos internacionais. Há dez dias, no jogo com o Empoli, estava Leonardo Semplici nas bancadas, ele que já na época passada esteve perto de assinar com a Salernitana, antes da chegada de Sousa.

Mas o candidato mais forte a uma eventual sucessão parece ser o croata Igor Tudor, que está parado desde o fim da época passada, quando terminou a ligação ao Marselha, de França.

Caso decida despedir Paulo Sousa, a Salernitana prefere contratar um treinador só até ao final do campeonato.