A liga russa vai recomeçar esta sexta-feira, depois de uma paragem de quase três meses, com um braço de ferro entre o PFC Sochi e o FC Rostov marcado para as 18h00. A equipa da casa quer jogar, «custe o que custar», enquanto os visitantes, que tiveram vários casos de covid-19, exigem um adiamento do jogo.

A troca de argumentos já vem de longe, mas na quinta-feira, ao final da tarde, o clube de Sochi anunciou com pompa e circunstância nas redes sociais que ia haver jogo. «Os clubes Rostov e Sochi chegaram a acordo para disputar o jogo da 23.ª jornada da liga. Vai haver jogo!», anunciava o Sochi, 12.º classificado, em comunicado.

Logo a seguir, o Rostov publicou uma petição, liderada pelo principal patrocinador do clube, dirigida à direção, staff e jogadores do Sochi a apelar à «solidariedade» e ao «adiamento do jogo», considerando que há valores mais importantes do que o pontapé na bola. «Defendamos juntos os valores que o desporto nos ensinou. Uma luta digna, uma competição honesta, respeito pelo adversário e a superação do próprio», lia-se na petição que já contava com várias centenas de assinaturas.

O Rostov pede o adiamento porque tem a equipa principal em quarentena, depois dos exames realizados terem detetado seis casos positivos no plantel. Caso haja mesmo jogo, os visitantes vão ter de recorrer à equipa B e aos juniores para poderem jogar esta sexta-feira.

Ainda na quinta-feira, a federação russa propôs o adiamento do jogo para 19 de julho, mas para o jogo ser adiado é preciso o acordo dos dois emblemas e o Sochi, que está a lutar para não descer, não aceitou os argumentos do Rostov, atual quarto classificado e ainda com possibilidades de qualificar-se para a próxima edição da Liga dos Campeões.