O presidente do Ankaragucu, que na segunda-feira agrediu um árbitro a soco, acabando por ser detido, apresentou a demissão do cargo e pediu desculpas pelo ato violento.

O árbitro Halil Umut Meler teve de ser hospitalizado e anunciou, entretanto, o final da carreira, na sequência da agressão.

Em comunicado, Faruk Koca pediu «desculpa à comunidade turca de árbitros, à opinião pública desportiva e à nação, especialmente ao senhor Meler e à sua família» e demitiu-se do cargo de presidente do clube, por estar «envergonhado pelo sucedido».

«Por maior que seja a injustiça ou o erro, nada pode legitimar ou explicar a violência que protagonizei e que definitivamente não desejava. Qualquer atitude que prejudique o fair-play, incluindo a minha, não deve estar presente em estádios ou nos pavilhões. Sinto-me envergonhado por ter causado isto», transmitiu Faruk Koca através do seu advogado, que leu o comunicado.

«Gostaria de anunciar aos adeptos que renunciei à presidência do Ankaragucu, com o intuito de evitar maiores danos para o clube, para os adeptos, para a comunidade à qual pertenço e para a minha família», dizia ainda a mensagem. concluiu na declaração lida pelo advogado.

O Conselho de Administração do Ankaragücü anunciou, entretanto, que «o pedido de demissão do Presidente Faruk Koca já foi processado».

Faruk Koca foi detido esta terça-feira, tendo ficado em prisão preventiva.

O apoio das claques

Entretanto, as claques do clube também se pronunciaram e, apesar de entenderem que «foram passados limites», consideram que Faruk Koca «lutou até ao fim contra os árbitros que usaram os apitos nas mãos como armas».

Dizem ainda esperar que «este incidente seja um marco na história do futebol» e declaram que irão apoiar o clube e o seu agora ex-presidente.