Born in the USA. Se o Boss Springsteen assinasse a banda sonora da tour do Benfica por terras do Tio Sam, certamente acabaria a concluir que está a nascer uma equipa muito forte para a época 2019/20. Três jogos, três vitórias na International Champions Cup, a última contra um adversário que nunca antes derrotara: o AC Milan.
É verdade que o único golo do jogo nasce abençoado pela sorte - o remate do excelente Taarabt desvia em Biglia e trai completamente Reina - e não é menos acertado lembrar que o AC Milan atirou duas bolas aos ferros da baliza de Vlachodimos (Calhanoglu e Biglia), mas o Benfica também teve as suas oportunidades.
Já que falamos em Odysseas Vlachodimos, percamos mais algum tempo com ele. Contabilizámos seis grandes defesas, três absolutamente decisivas, e temos de considerá-lo o melhor em campo.
Depois de tudo o que deve ter suportado com a novela-Perin, não deixa de ser uma boa notícia para o Benfica perceber que o seu guarda-redes não ficou abalado ou traumatizado com a oficialização da sua... insuficiente qualidade.
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Vlachodimos foi o melhor, mas Adel Taarabt aparece logo a seguir. Que bem jogou o marroquino! Bruno Lage desenhou, desta vez, um 4x2x3x1 - Gabriel ao lado de Fejsa e Taarabt na posição 10 -, amparado sobretudo nos apoios frontais feitos na perfeição entre Pizzi, Gabriel e Adel Taarabt.
Foi com essa posse de bola que o Benfica fez 10/15 minutos muito bons logo a entrar. Aí sim, viram-se as melhores ideias de Bruno Lage, com a equipa a colocar no relvado pobrezinho de Foxborough o futebol que a levou ao título nacional. Mas, depois, o AC Milan chegou a massacrar.
Entre os 15 e os 45 minutos, e exceção feita a remates de Gabriel e Rafa em cima do intervalo, o Milan desperdiçou a oportunidade de golear. Por culpa de Vlachodimos, sim, mas também do desacerto raro de Piatek.
Nessa melhor fase dos rossoneri, perceberam-se as dificuldades atuais de Fejsa, incapaz de lidar com Suso, e os problemas graves de Grimaldo sempre que obrigado a defender por dentro. A lateral direita continua a ser um problema, porque Nuno Tavares não é solução para aí e Ebuehi continua a acumular poucos minutos, e o controlo da profundidade também esteve longe de ser o ideal.
O Benfica sobreviveu e na segunda parte equilibrou o jogo, até chegar ao tal golo abençoado de Taarabt e depois gerir com bola.
Vlachodimos e Taarabt merecem nota elevadíssima e o internacional marroquinho abre aqui uma questão: será ele o melhor parceiro para Seferovic?
International Champions Cup
28 jul 2019, 22:09
Milan-Benfica, 0-1 (crónica)
Vlachodimos e Taarabt renascem nos EUA
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