O presidente do Governo Regional da Madeira, Alberto João Jardim, almoçou esta terça-feira com direcção, treinador e jogadores do Marítimo, mas no final não quis falar. Fê-lo mais tarde, em Santana, por ocasião da entrega de uma ambulância aos bombeiros locais.
«A época foi má e o objectivo tem de ser jogar à Europa. Falámos sobre o plantel e tive oportunidade de dizer ao treinador o que pensava, que a equipa não pode ser um grupo de brincas na areia. Têm de ser como o presidente do Governo Regional, jogar sempre ao ataque, tentar marcar golos, não andar a perder tempo a troca a bola e jogar para as balizas como no futebol inglês e alemão», criticou.
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Jardim destacou depois a importância de Bruno e a sua missão como capitão da equipa: «Tem o dever de exigir total profissionalismo aos colegas e ser o primeiro, por lealdade ao clube, a tornar sérios aqueles indivíduos que vêm só para ganhar ordenados e não para cumprirem os seus deveres profissionais.».
«Presidente tem tudo na mão», diz Carvalhal
Carlos Carvalhal já sabe os reforços que quer para a próxima temporada. Tudo depende, agora, do presidente do clube, Carlos Pereira.
«O presidente tem na mão tudo o que pretendemos fazer, as primeiras, segundas e terceiras opções», garantiu o treinador. «Não digo que sejam precisos muito reforços, mas alguns. Desde o início, detectámos debilidades em alguns sectores da equipa e vão ser debeladas. Não há nenhuma sangria do balneário, há reajustamentos», justificou, reiterando a preferência para «jogadores que já conhecem o mercado português de forma a evitar problemas de transição».
Relativamente à continuidade do técnico português, o dirigente assegurou que a mesma «nunca esteve em causa». «Quando Lori Sandri foi substituído dissemos que iríamos analisar aquilo que foi feito de bom e mau esta época e preparar o futuro», lembrou.

O Marítimo parte de férias já no sábado, após o embate com o Leixões. O regresso ao trabalho está agendado para 1 de Julho. A segunda fase da pré-temporada deverá realizar-se em Inglaterra.
Estádio dos Barreiros é o nome para ficar
O projecto do novo estádio do Marítimo já é conhecido: vai ser totalmente fechado e com uma lotação para 10 mil pessoas. O custo previsto é de 46 milhões de euros, 31 dos quais suportados pelo governo regional. Farto de polémicas, sejam sobre as cores das cadeiras ou designação, Alberto João Jardim disse apenas que «o nome deverá ser Estádio dos Barreiros».