Jean Paulista (Wisla): «Preferia jogar com o V. Guimarães na fase de grupos»

«Sinceramente, preferia jogar com o V. Guimarães na fase de grupos da Taça UEFA». A frase é de Jean Paulista, extremo do Wisla Cracóvia, um brasileiro que conhece o campeonato português e que pode servir de cicerone à comitiva polaca para o jogo da primeira eliminatória. Uma ideia definida por quem actuou no Maia, da II Liga, na época passada, e está ciente dos perigos provocados pela equipa orientada por Jaime Pacheco. «O nosso objectivo é chegar o mais longe possível, mas vamos ter pela frente um adversário muito bom», sublinha ao Maisfutebol, consciente de que isso pode emperrar a máquina.
Mas esta manhã, quando as bolinhas mágicas do sorteio colocaram o nome do V. Guimarães no caminho do Wisla Cracóvia, os jogadores reagiram com toda a naturalidade possível. «Para dizer a verdade, nem prestámos muita atenção», confessa o brasileiro que ainda não apagou - ele e os colegas - da memória a eliminação na pré-eliminatória da Liga dos Campeões. «Ficámos tristes, porque tínhamos o jogo controlado com o Panathinaikos, mas sofremos um golo a quatro minutos do fim, num lance de bola parada, que deitou tudo a perder [derrota por 4-1].»
E foi assim que a Taça UEFA surgiu no caminho como forma de compensar o desastre, mas isso que não leve o V. Guimarães a pensar que terá pela frente um adversário com muitas debilidades. Alguns indicadores aconselham algum cuidado: «Somos tricampeões polacos, a equipa é forte, os jogadores jogam juntos há muito tempo, conhecem-se bem e trocam a bola com facilidade. A nossa grande arma é o colectivo». Mas do ponto de vista individual há uma ou outra unidade que fazem a diferença. «Destaco o Mauro Cantoro, é argentino, joga a trinco, recupera muitas bolas e sabe sair a jogar. Dá muita segurança à equipa», diz Jean Paulista.
Mas se Cantoro é o pêndulo do meio-campo, o ataque tem em Frankowski a sua maior expressão. Os números dizem tudo. «Foi o melhor marcador do campeonato dois anos seguidos», o que constitui um alerta para a defesa vimaranense. «Depois, o Kalu, um nigeriano, conduz bem a bola. É um extremo, com técnica e muito forte fisicamente», sublinha sobre o ex-jogador do Espanhol. Na outra ala joga Jean Paulista que ainda não marcou nenhum golo esta época, porém tem «feito várias assistências» para os avançados. «Mas a nossa equipa vale pelo seu todo». Que fique claro.