A coxa esquerda desespera Jeffrén. O extremo do Sporting recuperou muito recentemente de uma lesão muscular e voltou a lesionar-se frente ao Feirense. Precisamente no jogo que assinalava o seu regresso à competição. Duro, muito duro.

Apesar de o departamento médico garantir que os problemas não estão relacionados, a família do atleta está apreensiva. Tudo natural. Para o ex-jogador do Barcelona, a mudança para o Sporting representa uma «oportunidade única» de confirmar todos os elogios superlativos escutados na Catalunha ao longo das últimas épocas.

«Historial preocupante», dizem de Espanha

«O meu filho fica arrasado quando não pode jogar», começa por indicar ao Maisfutebol a mãe de Jeffrén, Soreli Bermudez. É na ilha de Tenerife, onde passou grande parte da infância e adolescência, que o jogador do Sporting continua a alicerçar a sua estabilidade emocional.

«Em primeiro lugar está a saúde dele e o importante é que recupere totalmente. Ainda não sabemos se a lesão é tão grave como a anterior. Ele está a ser bem acompanhado», refere a progenitora. Preocupação de mãe, dores de quem ama e desespera.

«Estamos todos expectantes. Sabemos que o Sporting aposta muito nele, mas é importante que se saiba que o meu filho também aposta muito no Sporting. Temos a certeza de que esta má fase vai passar e o Jeffrén ainda vai ser felicíssimo em Lisboa.»

«Não tinha pernas de jeito, era só pele e osso»

Jeffrén nasceu na Venezuela e mudou-se para as Canárias com um ano de idade. No calor termal do Atlântico Sul viveu até aos 16 anos. Depois transferiu-se para o Barcelona, cumpriu o percurso normal nas camadas jovens blaugrana e perfez três temporadas integrado no plantel sénior.

Uma história germinada na paixão pela bola. «O Jeffrén só vê o futebol à frente. Tenho fotos dele em bebé, sempre agarrado à pelotita. Não tinha pernas de jeito, era só pele e osso, mas corria como o vento», recorda, em incontida nostalgia, a mãe.

Os anos passam, Jeffrén já não é só pele e osso, mas o desassossego maternal é praticamente o mesmo. «Está longe e isso não me agrada, claro. Visitámo-lo sempre que é possível, mas por mim continuava perto das minhas saias. Sabe como são as mães.»

O primeiro golo de Jeffrén no Barcelona: