«Sendo uma proposta que visa atingir e atacar todos os trabalhadores, atinge as mulheres em particular, se tivermos em conta os níveis de desemprego e precariedade, os sectores mais vulneráveis onde existem uma elevada feminização da mão-de-obra e os salários mais baixos», apontou Jerónimo de Sousa durante o seu discurso no Encontro do PCP sobre direitos das mulheres que decorreu este Sábado em Lisboa.
Para o líder comunista, é «uma proposta perversa em relação ao espírito e letra da Constituição da República» que traz «mãos livres para despedir com ou sem justa causa», horários feitos ao gosto do patronato e o fim da contratação colectiva, para além de um retrocesso nos direitos das mulheres.
Na opinião de Jerónimo de Sousa, é preciso lutar contras as políticas de direita do Governo de José Sócrates, responsáveis, nas palavras do líder do PCP, pelo «retorno a dinâmicas de perpetuação do tradicional ciclo de discriminação em função do sexo, que pesam sobre a situação da mulher no trabalho e que se repercutem negativamente na sua situação na família e na sua situação social e politica», conclui.
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