Numa nota de análise em reacção às declarações do presidente executivo do grupo, Luís Palha da Silva, que disse à agência «Reuters» que ainda não sentiu a crise tanto em Portugal como na Polónia, refere-se igualmente que é esperada uma quebra do consumo neste último país. Esta tendência seguirá «em linha com a travagem verificada ao nível do crescimento dos mercados emergentes».
No entanto, o JP Morgan refere que «não é óbvio que a economia polaca esteja fortemente desequilibrada» e defende até que o grupo de retalho, que detém a Feira Nova e o Pingo Doce, «pode vir a beneficiar de qualquer retracção» deste tipo.
Por isso mesmo, a mesma nota diz não estar provado que a Jerónimo Martins venha a sofrer uma quebra de margens na Polónia o que, consequentemente, não implica enfraquecimento de vendas da cadeia Biedronka.
Mais retracção em 2009
Recorde-se que o presidente do Conselho de Administração da Jerónimo Martins, Alexandre Soares dos Santos, já dissera no dia 13 estar estar à espera de sentir mais os efeitos da crise financeira no mercado nacional do que na Polónia.
No entanto, no entender do mesmo, essa retracção não deverá ter efeitos já este ano, mas «é esperada mais para 2009».
As acções da Jerónimo Martins encerraram a perder 5,52 para os 4,02 euros.
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