João Bastos, treinador do Portimonense, analisa a derrota com o Benfica (0-2), na 3ª eliminatória da Taça de Portugal:



«Apraz-me saber que o início de intervenção do técnico do Benfica foi sobre a nossa equipa. É sinal que estivemos activos. Na 1ª parte a estratégia montada estava a resultar a 100 por cento. O Benfica, salvo um lance do Nélson Oliveira, não teve uma oportunidade clara, e estamos a falar Benfica, com um orçamento que não se compara. A grande oportunidade de golo é nossa, das poucas vezes que saímos em contra-ataque. Nas outras vezes que saímos, houve ali lances com falta, e a nossa estratégia passava por aproveitar bem esses lances. E hoje jogámos com 5 jogadores que eram juniores na época passada, com formação em clubes mais modestos e que deram resposta cabal do seu real valor.»

«Estou muito satisfeito por termos dado imagem positiva e digna, com um mês de trabalho de atraso, e apresentar organização como apresentámos, obrigando o Benfica a utilizar jogadores que não estariam nas cogitações, como Saviola e Witsel, que não entrariam caso as coisas não tivessem a correr bem. E sofremos golos de bola parada, onde por muito que estejamos organizados, são lances que definem a qualidade técnica do jogador e foi uma pena, porque íamos nesse momento explorar mais a ansiedade do Benfica, com a entrada do Simi. De um momento para o outro, tivemos de ir atrás do prejuízo, lutámos até ao fim, e depois sofremos o segundo golo naquilo que o Benfica mais gosta, as transições. Se marcássemos um golo era merecido para estes jogadores e para o público maravilhoso que aqui esteve. Fizeram a festa e foi pena que não lhe tenhamos dado pelo menos um golo. Não estou satisfeito com resultado, mas só posso estar satisfeito com os jogadores. Só dois deles tinham jogado contra o Benfica, e miúdos de 19 anos ganharam experiência difícil de ganhar com esta idade.»