João de Deus, treinador do Gil Vicente, analisa a passagem aos oitavos de final da Taça de Portugal, após vitória no reduto do Cova da Piedade, após desempate da marca de grande penalidade:

«Sabíamos que ia ser um jogo muito difícil. Tínhamos essa consciência porque observámos este adversário. Tinha dito aos jogadores que tínhamos de respeitar a competição, o nosso trabalho, e acima de tudo o adversário. Foi isso que fizemos. Fizemos um jogo sério, o adversário tem qualidade. O campo condicionou muito, mas sabíamos que era o que nos esperava. Se hoje não tivéssemos sido tão sérios, não tínhamos passado. No primeiro penálti não foi o jogador do Cova da Piedade que falhou, foi o Caleb que defendeu. Ele sabia para onde ia o remate. Dá mérito ao nosso trabalho. Fomos sérios. Se o Cova da Piedade tivesse passado era um prémio merecido por aquilo que fizeram.»

«A nossa estratégia passava por entrar forte no jogo. E fizemos isso, mas o adversário entrou ainda mais forte. Na primeira parte sentimos mais dificuldades do que na segunda, o que é normal, porque o adversário não conseguiria manter aquele ritmo. Estou muito satisfeito por ter passado, mas se não tivesse conseguido passar estaria satisfeito na mesma.»

[tem preferência para o próximo adversário?] «Na primeira ronda jogámos com o Caldas em casa e sofremos na 1ª parte. Hoje nem preciso falar. Sofremos muito. Gostávamos de ter um trajeto bonito na Taça de Portugal, e já sabemos que vamos ter sempre de sofrer. Se for um dos grandes as possibilidades de passar serão menores. Vamos ver se temos sorte no sorteio, e se continuamos com fortuna.»

[sobre a gestão do plantel] «Jogámos com a nossa primeira equipa no contexto do campo e do adversário. Lá mais para a frente veremos. Cada jogo tem a sua história, mas vamos querer vencer. Para já é prematuro falar. Agora seguem-se uma mini-férias. Os jogadores estão muito desgastados e precisam espairecer»

[sobre João Vilela] «Saiu com queixas no joelho. É um jogador determinante, e por precaução saiu.»