No pleno coração da Ribeira, com o mítico rio Douro e a cidade de Gaia logo por trás, Jorge Costa apresentou o livro da sua vida dentro do futebol. «O Capitão». Jaime Cancela de Abreu, o editor da obra, explicou a razão do cenário. «Foi vontade do Jorge Costa que este acto decorresse num local aberto ao público e escolheu a Ribeira por ser uma zona emblemática da cidade do Porto».
Pouco passava das 19 horas quando o central subiu ao palco, por entre um imenso aplauso de centenas de pessoas que se juntaram na Praça da Ribeira para ver o jogador. Ao lado de Carlos Pereira Santos e Rui Cerqueira, os jornalistas que escreveram a obra, Jorge Costa apresentou o livro de uma maneira muito própria.
Sem discursos, sem palavras ensaiadas, o capitão explicou «O Capitão» respondendo a perguntas colocadas pelos autores da obra. Pelo meio o central fez votos para que as pessoas o entendessem um pouco melhor. «Sei perfeitamente que quem me conhece apenas da televisão tem uma ideia de mim diferente daquilo que sou», referiu. «Espero que depois de lerem o livro fiquem com uma ideia positiva de quem realmente sou».
Confessou já ter lido o livro, ele que passou três meses à conversa com os autores para permitir o resultado que se espelha em 170 páginas, e confessou também qual foi o capítulo mais triste de todos. «Há vários capítulos que destaco. Pela positiva, todos aqueles que falam das conquistas do F.C. Porto, pela negativa destaco os que falam das lesões e sobretudo os que falam dos cinco meses em Inglaterra». Ele que tem o clube no coração, jura. «O F.C. Porto para mim pode ser comparado à minha família. Aos meus pais ou à minha mulher. Tudo o que hoje sou devo-o a este clube e em especial ao presidente Pinto da Costa».
Perante muitos amigos, mas sem a presença de Co Adriaanse
Pinto da Costa ouvia as palavras do central sentado na primeira fila. O presidente não quis faltar à apresentação do livro do capitão. Ao contrário, por exemplo, do treinador Co Adriaanse, que não foi visto na Ribeira. O holandês foi, de resto, praticamente a única grande ausência. Estavam lá praticamente todos os jogadores do plantel toda a equipa médica, muitos funcionários do clube e vários amigos de longa data, por exemplo Rodolfo Moura, o fisioterapeuta que agora está no Benfica e que já o recuperou de uma rotura de ligamentos por duas vezes.